O dinheiro, o Coronavírus e os novos planos para o futuro


Autor: Prof. Edvan Sena

Postado em 31 de março de 2020



               Diante da pandemia do novo Coronavírus no Brasil e no mundo, devido a sua rápida e contagiosa disseminação, adotamos hábitos de prevenção que antes não tínhamos. Muitos agora são aqueles que procuram se prevenir e a ser cuidadosos, com relação a tudo o que se faz, com o que se pega ou deixa de pegar, como o que utiliza e com suas mãos ao fazer determinadas coisas e cumprir determinadas necessidades, também com relação aos momentos de saída e chegada em casa. Toma-se banhos mais frequentes, lava-se as mãos com maior intensidade, evita-se tocar em objetos e pessoas de casa, ao chegar. Até mesmo em relação ao dinheiro, algo muito necessário para a manutenção vital do ser humano, o qual  representa um importante instrumento para comprar os alimentos, pagar as contas e do qual muitas pessoas, por conta do vício e do apego a ele, do egoísmo exacerbado, não ajuda ao próximo que tanto precisa e até passa fome, dele tem nojo, mesmo tendo saído do caixa eletrônico e ninguém mais além do próprio sacador tenha tocado nele.

               A verdade é que há o medo de que, antes de ter sido abastecido no caixa eletrônico, tenha sido contaminado com o vírus por pessoas doentes que o tocou. Mas isso representa uma ironia: temos medo e nojo de tocar no dinheiro, mas mesmo assim o tocamos e o utilizamos, por necessidade, isso diante de uma condição de pandemia mundial. Neste mundo há muitos pobres, inclusive existe uma grande maioria destes pobres que vive em miséria. Passam fome e outros até não tem onde morar, quando existem tantas pessoas, é claro em menor quantidade, em relação aos pobres, mas que possuem gordas contas bancárias, de onde saem dinheiro, esse mesmo do qual se tem nojo e medo de tocar, em grande quantidade, não para ajudar aos pobres necessitados, mas para abastecer o grande desejo de consumir e gastar inadvertidamente com objetos e coisas caríssimas.  

               Essa pandemia é um grande mal que assola a humanidade, que desafia a inteligência humana em todos os sentidos. Queira Deus que essa peste seja superada, mas ela veio para demonstrar aos nossos governantes que é preciso investir em educação e em saúde, que os profissionais da saúde e da educação precisam ser valorizados. Mas não só isso. A sociedade inteira também precisa aprender que não se pode zombar de Deus, que sua imagem e seu nome precisam ser respeitados, mas isso não basta. Ela também precisa rever seus conceitos a respeito do pecado, pois a quarentena pela qual a sociedade está sendo obrigada a passar, deve ser considerada como uma quaresma, ou seja, um período de penitência, quando cada um deverá pensar em seus pecados, se arrepender, pedir perdão a Deus e prometer-lhe voltar para Ele, para amá-lo e desejá-lo dentro do coração.

               Os grandes vilões da fé e da santidade, o luxo que o dinheiro traz, os lazeres impuros e desmedidos que afastam de Deus e a preocupação demasiada com a manutenção da vida e da família, a ponto de escravizar toda ela com o trabalho, a ponto de não encontrar um tempo para reservar para Deus e para a família, por sentir seu salário de maior importância, precisam ser combatidos agora. É preciso repensar os próximos passos para o futuro, e não pode dispensar Deus, deixando-o fora dos planos.