A Realidade da Descristianização e Superpopulação Mundial: Uma Abordagem Crítica


Introdução


Autor: Edvan Sena

Em 19 de Março de 2023 - as 11:56 - Domingo


Movida pela busca da vida eterna, as crenças religiosas e suas instituições estabelecem-se como referência para muitas pessoas e para as decisões nas suas ações, em razão das influências da fé que culminou na fundação de suas religiões. No entanto, a descrença nessas doutrinas, pelo crescente número de pessoas que passou a duvidar delas, tem se tornado cada vez mais frequente e ativa entre os indivíduos. Por isso, o ceticismo em relação à vida após a morte e aos grupos que promovem esse ensinamento se tornou notório na vida de muitos. Com toda essa percepção, ilumina-nos a inteligência, de forma crítica, uma dúvida: o que está por trás desse ceticismo?

Existem argumentos divergentes a respeito da essência doutrinária e experiência vivencial dos elementos culturais e religiosos da fé que, se apresentam como teorias contraditórias quanto à essência dessa doutrina e sua prática. Esses desacordos estão baseados na prática dos crentes, que frequentemente não acompanham as instruções da doutrina, vivendo de modo contrário à essa doutrina. Além disso, existem preocupações desnecessárias que geram falta de confiança e de fé, bem como a ausência de consideração com relação a presença de Deus e com a aplicação de Sua Palavra na vida das pessoas. Em suma, a atuação e a relação dos crentes com a fé, são os responsáveis pelo afastamento dos ensinamentos e pela criação dos argumentos que os contradizem.

Revela-se assim que aqueles que abraçam ou aceitam uma religião necessitam seguir a fé que abraçaram de maneira autêntica, pois agir sem comprometimento não levará a lugar algum, servindo como um ótimo desestímulo para que outros não se aproximem daquela fé. Logo, a conversão religiosa é uma demanda pela autenticidade. Essa autenticidade religiosa não é opção, mas sim um dever que deve ser acatado, para cumprir o código de vida idealizado, pois é nele que reside o jeito de viver imposto pela doutrina da religião, e é com ela que se transforma em influência positiva para aqueles que ainda não a abraçaram. Por isso, ainda que muitos cristãos não compreendam a urgência da vivência de um autêntico estilo de fé, essa necessidade para alcançar a santidade não deve ser menosprezada, tanto para si, quanto para aqueles que ainda não conhecem o Cristianismo. Se a pessoa não vive com fé em seu interior, suas ações carecerão de significado, o que pode desencorajar outras pessoas a segui-la. E quem tem a coragem de seguir essa jornada, tornar-se-á um exemplo positivo para aqueles que ainda não a aderiram. Por isso, a vivência de uma fé genuína é primordial para que possamos alcançar a santidade, tanto individual quanto coletivamente.  

Existem três fatores que estabelecem o contexto de crença ou descrença religiosa: a negligência da fé, as preocupações exageradas com questões humanas e a indiferença em relação a religião. Quando a fé é negligenciada, ela sofre o seu esvaziamento ou degradação da espiritualidade, o que leva as pessoas, vítimas desse processo, a não terem paciência para lidar com situações que requerem atenção, fazendo-as agir com imprudência em contextos em que a fé se torna algo indispensável, o que as fazem perder tempo e energia com ações inadequadas e inconvenientes. Além disso, em pessoas sem fé não há interesse em prestar atenção e devotar valor à religião, o que gera falta de esperança naquilo que a religião ensina, e confiança e fé nas promessas de Deus para todos aqueles que nEle creem, o que provoca o desaparecimento da verdadeira crença, o que indica imaturidade de fé. E, portanto, para essa fé se tornar madura, ela não pode ser negligenciada ou ignorada, e as ações resultantes dela devem ser prudentes e enfatizar a promoção do interesse espiritual para a santidade e respeito às exigências da religião para a sua prática correta.

Em suma, cabe destacar que o surgimento de novas teorias, sabedoria e raciocínio humano, novas perspectivas de relacionamento interpessoal, novos entendimentos de processos cognitivos e comportamentos, de novos modelos de religiosidade, de novas formas de governo e administração, aumentando ainda mais a complexidade de ideologias e de processos mentais, contém em si numerosos elementos que questionam os parâmetros tradicionalmente aprovados pela sociedade para alcançar a verdadeira dignidade humana. Esses elementos passaram a ser foco de grandes discussões, como a aceitação ou o desprezo de diversidades étnicas, culturais, religiosas, ideológicas ou políticas, presentes nos ambientes escolares, tribunais e normas sociais. Por conseguinte, a análise apropriada desses elementos torna-se uma área essencial para evitar a quebra da dignidade humana e do respeito aos princípios estabelecidos para a preservação da sociedade e da integridade do ser.

Todos nós somos destinados à eternidade, mas qual é a qualidade dessa eternidade? Independentemente de qualquer crença, a vida eterna é real e, certamente, existirá para sempre, pois o homem foi criado para isso. Os que combatem de forma direta ou indireta, por meio de palavras, ações ou omissões, os ensinamentos relativos a ela precisam repensar suas crenças, pois do contrário, podem não se satisfazer com o futuro. Contudo, quem deseja desfrutar desse tipo de eternidade precisa reconsiderar suas posições, ou se arrisca a não encontrar solução para suas desilusões futuras. Por fim, as práticas religiosas cristãs, de acordo com o respeito à sua doutrina, serão benéficas se carregadas de integridade e honradez religiosa, de forma que mantenha a dignidade humana e proteja os valores criados para sua preservação.


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