O Céu e Suas Diversas Concepções


Capítulo 1 - A Ciência e Suas Influências na Fé


AUTOR: Edvan Sena

Postado em 19 de Março de 2023, as 17:02 horas


É indiscutível a ideia de que a ciência tem avançado em relação aos estudos, pesquisas e descobertas sobre o cosmo. Esse avanço tem nos levado a assuntos muito debatidos que envolvem a religião, no que tange à expansão do universo e sua criação. Segundo esses estudos, o universo se expande e se evolui a partir de explosões de estrelas, planetas e outros corpos celestes, que se atraem pela força gravitacional, posteriormente constituindo-se em novos planetas, sistemas e galáxias, como foi o caso da formação do Sistema Solar e de todo o conjunto do espaço cósmico do qual faz parte, de acordo com a ciência que estudamos.

Essa visão, em alguns casos, diferencia-se da visão de muitas comunidades, como as comunidades indígenas e as comunidades religiosas, as quais estão voltadas à visão particular de suas doutrinas, que são sustentadas em seu misticismo. Dessa forma, a criação ou surgimento do universo possui uma grande diferenciação de uma concepção para outra, sendo a mais aceita aquela que se utiliza de hipóteses com possibilidades de serem testadas, observadas e confirmadas como autenticamente verdadeiras.

Quanto mais a concepção se aproximar das argumentações científicas, mais se torna aceita pelas comunidades dos estudioso da ciência. Em razão de a ciência se orientar por fundamentos teóricos que não aceitam nenhuma afirmação que não possa ser comprovada cientificamente, cientistas despre4zam as afirmações religiosas que defendem a concepção de um universo criado por Deus ou qualquer outro tipo de divindade. Portanto, se o religioso pretende manter sua fé na religião, ao estudar ciências precisa analisar bem os conteúdos que estuda, submetendo-os à análise rigorosa da doutrina da fé.

Se os religiosos, ao estudarem ciência, não submetem suas análises à doutrina da fé, poderão, com o tempo, converter sua fé pessoal em um progressivo abandono da espiritualidade religiosa, impulsionando-se, dessa forma, ao desinteresse, pelas ações e atitudes, por exemplo: de oração, celebrações litúrgicas, santidade e obediência às normas bíblicas que promovem a salvação.

O avanço tecnológico da ciência contemporânea tem favorecido, progressivamente, novas descobertas que favorecem a humanidade e, consequentemente, tem favorecido também a comprovação de algumas hipóteses científicas, o que torna cada vez mais evidentes suas afirmações, abarcando, com isso, o crescimento do grupo daqueles que desacreditam em Deus ou na religião, quando há uma emigração do teísmo para o deísmo, do deísmo para o ateísmo e, consequentemente, a paganização da sociedade.

Daí o abandono da fé ocorre como em um efeito cascata, quando aqueles que se envolvem com esse abandono fazem-no por motivos de alterações teóricas, seguidas por outros, sem embasamento algum, apenas por suposição dos primeiros.

Parece-nos que quem está abandonando a fé somente poderá voltar a ela pela intervenção direta do próprio Jesus, mediante a percepção da presença de sua face e de suas mãos furadas, o que será impossível, de certa forma, pois essa intervenção somente ocorrerá de forma escatológica, quando Jesus ressuscitará a carne de todos os mortos e julgará a todos, quando será conhecida a salvação de uns e a condenação de outros.

Uma oportunidade terá aqueles que, como Tomé, não creram. Essa oportunidade acontecerá mediante o juízo particular que todos têm diante de sua morte, quando perante ela, alguns segundos antes, estarão sendo colocados a perceber todo o processo de suas vidas, no qual tomarão ciência de todos os males que praticaram, tendo a possibilidade de se arrependerem, caracterizando-se em conversão.

Portanto, apesar de a ciência representar um importante recurso para o desenvolvimento do conhecimento humano, os cristãos devem tomar cuidado para não irem tão profundo, a ponto de passarem a desacreditar em Deus, pois o retorno à fé será tão difícil quanto a possibilidade de um homem escapar com vida, depois de se jogar dentro de um vulcão em erupção.




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